Soneto lubrificado

Eu olho para o óleo admirado

olhando o que o óleo lubrifica

sem óleo, lubrificado nada fica

mas tendo óleo está lubrificado.

Não olha o meu soneto emperrado

já tem óleo do começo até cá

e olha que ainda vou lubrificar

não vais olhar soneto enferrujado.

Não tenho nenhum poço de petróleo

mas tou olhando um jeito de olhar óleo

pra que o último terceto não entrave.

E mesmo com este verso bem sequinho

vou dar um jeito, neste, com toucinho;

Fecho de ouro é com azeite suave.

Josérobertopalácio

Obrigado pela interação Poeta Luis Moraes.

COM VASELINA

Soneto com ferrugem não dá pé

não gira e desencanta quem o lê

é como aquele amigo leguelhé

que não tem a lisura que se crê.

Um óleo sempre ajuda além da fé

ou graxa, ou vaselina, sei lá o que...

até mesmo uma banha se "quisé"

untando cada verso e o ponto G.

Daí vai deslizar como é preciso

vai levar o poeta ao Paraíso

ao gozo do prazer de sonetar.

Azeite virgem para o seu batismo

pois que nasceu de um pai sem egoísmo

pra vê-lo suavemente deslizar.

Soneto criativo; tentei interagir, deu nisso.

Parabéns! Abraço.

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 08/02/2017
Reeditado em 08/02/2017
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