Soneto lubrificado
Eu olho para o óleo admirado
olhando o que o óleo lubrifica
sem óleo, lubrificado nada fica
mas tendo óleo está lubrificado.
Não olha o meu soneto emperrado
já tem óleo do começo até cá
e olha que ainda vou lubrificar
não vais olhar soneto enferrujado.
Não tenho nenhum poço de petróleo
mas tou olhando um jeito de olhar óleo
pra que o último terceto não entrave.
E mesmo com este verso bem sequinho
vou dar um jeito, neste, com toucinho;
Fecho de ouro é com azeite suave.
Josérobertopalácio
Obrigado pela interação Poeta Luis Moraes.
COM VASELINA
Soneto com ferrugem não dá pé
não gira e desencanta quem o lê
é como aquele amigo leguelhé
que não tem a lisura que se crê.
Um óleo sempre ajuda além da fé
ou graxa, ou vaselina, sei lá o que...
até mesmo uma banha se "quisé"
untando cada verso e o ponto G.
Daí vai deslizar como é preciso
vai levar o poeta ao Paraíso
ao gozo do prazer de sonetar.
Azeite virgem para o seu batismo
pois que nasceu de um pai sem egoísmo
pra vê-lo suavemente deslizar.
Soneto criativo; tentei interagir, deu nisso.
Parabéns! Abraço.