Poema depois da morte
O mel da uva que a raposa rouba
Não me causa mágoa, apenas serve
De exemplo para eu saber a quem
Amara, serei breve onde me adorna,
O amor que de mi brota e se perde
Na tentativa de amar ele não vem
Do coração, está escrito nas palavras,
Mas a forma de eu amar é aquela pela
Qual ninguém me dá ou devolve, raras
São as belezas por despertar, mas zela
Pela eternidade cada palavra que de mim
Nasce, as flores amadurecem e o sol brilha,
Nada mais pode me entristecer, vou assim
Voar pelo espaço sem fim, ou isolar-me numa ilha...