Viva Terra
Deixa-me sentir o silencio das alamedas vazias
O cair indolente da madrugada hoje faceira
O revirar do brilho das estrelas em harmonia
E o vento cuidando doce das letras videiras.
Deixa-me revirar meu avesso como uma pluma
Nas folhas ainda brancas do amanhã latente
Enquanto faço ensaios da meia luz vagamente
Nas redomas do eu a viva terra, fértil perfuma.
Talvez a voz liberta revigore o sonho das linhas
Nos traços retomados os desejos cultivam
Leves acrobacias fluindo as chamas revivam
Tingindo os campos vão colorindo as vinhas.
Enfim tua voz de letras sempre fremente
Aquecem alma ao som da rima no poente.