Resido na via-láctea
Resido na via-láctea
Sou sombra perdida, dum passado errante
Longe das ilusões, do fausto das primaveras,
Resido na via-láctea em nuvens de quimeras
Perdido nos sonhos, das cinzas dum gigante !
Em manto clemente, repouso alma sonhadora
Onde um dia, há de dormir o sono eterno
E nesse manto de amor o Criador paterno
Há de, pelo ideal sagrado, levar-me à nova aurora
A luz da vida, é como a do sol ao entardecer,
Vai morrendo... até encontrar a escuridão
- Ao oposto da criatura que ao nascer,
Tudo é luz, fanal de claridade, esperança
Um seio de amor, ternura e afeição,
Nas asas da ventura, que não se cansa !
São Paulo, 04/02/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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