O poeta ganha a noite
Se a estrada dobra-se sobre si mesmo
No caminho, se a tristeza alimenta a
Esperança, ponho o relógio do vizinho
Nas minhas memórias de criança, a esmo
Padece o meu povo, e vejo morrer-se na
Pobreza aqueles que me amam, se me acanho
Perante a dor do feminino coração, é porque
Me feriu demais, mas a beleza de ser eterno
Permite a minha compreensão, eu sou o que
Liberta e o que protege, nada mais que terno,
Por isso a insegurança sem o limite da maldade,
O amor sem o descaso da pobreza, quero o meu
Poeta na eternidade, liberte-se de toda vaidade,
Viva sob a luz guiada contra todo aquele breu...