OUSADIA
Paro defronte a página vazia
E vazio me encontro no meio do mundo;
Nenhuma estrofe me ocorre macia...
Broco meus versos num sertão profundo.
Faço poemas de noite e de dia,
Para que brilhem, talvez um segundo;
Embora escassos da tal poesia
Espero que toquem teu peito bem fundo.
São versos de amor, saudade, protesto,
Que trazem minha dor, meu manifesto,
Também meus anseios, minha alegria...
Risquei no vazio da página em branco
Para expressar minha lira, meu canto...
Desculpe (leitores) minha ousadia!...