A REVOLTA DE UM BARDO

Bardo, Trieste bardo, um descontente.

Nessa poesia agora dissonante,

Teu verso bardo heroico como antes

Não têm valor e, passa o que não sentes.

Nas parcimônias todas a luxuria,

O vício, a ilusão e o desprezo

Na opressão ao verso como a cúria

Fazia seus heróis mortos ou presos ...

Mas os heróis sem medo vão ao cimo

Da métrica os degraus galgam sem medo,

E vencem o topo mesmo com o limo.

Poesia é a palavra e mais nada;

E a música da alma é a poesia...

O verso é uma cadência musicada.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 31/01/2017
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