FACE-A-FACE - ( com Marcos Valério Mannarino Loures)
Estávamos naquele face-a-face
As bocas tão unidas - língua-à-língua -,
Crescendo a fonte, então, como uma íngua
Você naquele jogo - aquele impasse...
Daí pra cama em louca cunilíngua
Prazer que já domou, sem ter disfarce
A fonte que secava quase à míngua
Pediu que sempre assim continuasse.
Recomeçou o jogo - a sedução -,
Foi expelida a lava do vulcão
Ficando em nós um gosto inerente!...
E a moça sem fazer qualquer esboço
Desmaia na hora agá. Um alvoroço
Fui obrigado a pôr um pano quente.