FACE-A-FACE - ( com Marcos Valério Mannarino Loures)

Estávamos naquele face-a-face

As bocas tão unidas - língua-à-língua -,

Crescendo a fonte, então, como uma íngua

Você naquele jogo - aquele impasse...

Daí pra cama em louca cunilíngua

Prazer que já domou, sem ter disfarce

A fonte que secava quase à míngua

Pediu que sempre assim continuasse.

Recomeçou o jogo - a sedução -,

Foi expelida a lava do vulcão

Ficando em nós um gosto inerente!...

E a moça sem fazer qualquer esboço

Desmaia na hora agá. Um alvoroço

Fui obrigado a pôr um pano quente.

Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 02/08/2007
Reeditado em 06/08/2007
Código do texto: T589708
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