Um poema à poesia no Brasil
O muro pintado da cerveja que embriaga
O pobre cujas casas pacatas são atropeladas
Pela velocidade dos carros dos ricos mostra
A crueldade da guerra civil que ocorre, caga
Na cabeça humana quem comer pode das caladas
Bocas os cérebros brutos de uma sabedoria que castra
A masculinidade dos jovens, que lhes sorri na velhice,
Mas o homem cuja autoridade permite a vitória humana
Apenas existe enquanto imortal, mas ninguém, vice,
Neste mundo cearense ama o poeta, a profana
Existência do unicórnio louco, assim a filosofia nasce
Do mito do Poeta neste país de pobres, um país onde
A aparência são mortos-vivos vítimas do que cresce
Nas sombras, mas vencido pela arte do imortal, de quem nada se esconde...