Soneto apenas lágrimas
Lágrimas, apenas lágrimas, foi o que sobraram
De uma uma noite ao extremo de ilusões
Como o seco arbusto do quente Nordeste
Iludindo-se um dia à transformar-se em fresco lírio.
Mesmo agora, preso nas lembranças
O inconsciente não revela-se a mim
E tão friamente não busco teu olhar
Apenas esqueci o formato do rosto.
Caminho ao encontro de mim mesmo
Sem o rumo percorrido em pensamento
Mudo, volto e recomeço cada toque ao chão.
À cada hora deixada ao vento
Meu rosto sorriu timidamente
Ainda há tempo de brilhar, sempre há!