ERRO ABSOLUTO
ERRO ABSOLUTO
A dúvida infame veio a minha porta
Para provar do alento infundado
O sangue grosso do meu corpo ensangüentado,
O gosto horrendo da natureza morta!
Veio. E o meu pesar é profundo.
Equivalente ao do homem que caiu paralisado
Ao sentir no rosto o líquido coagulado
Que une todas às desgraças do mundo.
Sangro, ardendo na incerteza flamejante...
És ígnea, és suprema, és constante!
Passa e retorna, minuto a minuto.
Cisma do ser que triste cala.
Que enfim, perdendo o dom da fala
Encontra-se com o seu erro absoluto!