ERRO ABSOLUTO

ERRO ABSOLUTO

A dúvida infame veio a minha porta

Para provar do alento infundado

O sangue grosso do meu corpo ensangüentado,

O gosto horrendo da natureza morta!

Veio. E o meu pesar é profundo.

Equivalente ao do homem que caiu paralisado

Ao sentir no rosto o líquido coagulado

Que une todas às desgraças do mundo.

Sangro, ardendo na incerteza flamejante...

És ígnea, és suprema, és constante!

Passa e retorna, minuto a minuto.

Cisma do ser que triste cala.

Que enfim, perdendo o dom da fala

Encontra-se com o seu erro absoluto!

felipe freitas
Enviado por felipe freitas em 02/08/2007
Código do texto: T589510