Rododendros
Rododendros
Não és uma escultura em perfeição
Nem astro brilhante na escuridão
Mas o magnetismo do teu ser
Isto em verdade me faz ver
Uma harmoniosa e meiga ingenuidade
Aflora-me a sensibilidade
Onde o severo e a ternura
São as tuas essências de doçura
Nem o mais firme azul celeste
Que me cobre e me desampara
Em um vespertino adeus
É tão raro quanto o verde agreste
Que existir eu nem sonhara
E que vem dos olhos teus.
Novembro - 1992