Imagem relacionada


(Imagem do GOOGLE)


A  MORTE  DO  POEMA

Odir Milanez
 
O cisne canta a morte, se a pressente,
ave adversa ao átimo atroz.
O cisne canta até perder a voz,
até que o seu grasnar não se sustente.
 
Como o cisne, o poeta a morte sente
quando os seus versos versam sons a sós.
A morte do silêncio! A mais feroz
das funestas fusões de sua mente!
 
Quando os seus versos já não são mais lidos
e musa alguma a eles dá suporte,
quando alcança o caudal dos esquecidos,
 
o poeta, postado à inversa sorte,
qual um cisne em seus últimos grasnidos,
declama do poema a própria morte!
 
JPessoa/PB
26.01.2017
oklima
 
Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e o versa em versos à vida...

Para ouvir a música, acesse:

http://www.oklima.net
 ******

Recebo o comentário de minha musa-sorriso, Ysolda Cabral. Na UTI o seu computador, sirvo-me deste espaço para lhe abraçar agradecimentos.
oklima
Enviado por oklima em 26/01/2017
Reeditado em 27/01/2017
Código do texto: T5893248
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.