(Imagem do Google)
MINHA FALA
Odir Milanez
Minha fala, ao que falo, é diminuta.
Ao silêncio se dá, dês que parece
com o vazio da voz que não se escuta
ou dos ateus o canto de uma prece.
O medo de te amar a mim imputa
o vacilo do verso, e arrefece
a moção de mudar minha conduta,
como se amar o amor eu não pudesse!
O que tenho a dizer-te, o medo cala.
Concedei-me, Calíope, voz arguta
para apartar do medo a minha fala!
Mas a deusa dos páramos desfruta,
e minha voz nos céus não se propala.
Minha fala, ao que falo, é diminuta...
JPessoa/PB
22.01.2017
oklima
Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e o versa em versos de amor...
Para ouvir a música, acesse:
http://www.oklima.net