VIDA DE SERTANEJO

Canta o galo, o caipira ouvindo

No descanso penoso pela insônia...

Não gastam os roceiros parcimônias,

Mas o cantar do galo acham lindo.

E o galo canta mais, mais umas vez...

O matuto acorda o sonho inculto,

E vendo a cama ao lado e a luz acesa

Nas fendas da janela, faz seu culto,

E segue passo a passo na rotina

Que as necessidades nos impõem,

E segue, vai além, lá na colina

E bate, e luta, e sua, e vira o chão,

E planta, e molha, e cuida e só termina

No arrefecer do dia no sertão.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 20/01/2017
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