VIDA DE SERTANEJO
Canta o galo, o caipira ouvindo
No descanso penoso pela insônia...
Não gastam os roceiros parcimônias,
Mas o cantar do galo acham lindo.
E o galo canta mais, mais umas vez...
O matuto acorda o sonho inculto,
E vendo a cama ao lado e a luz acesa
Nas fendas da janela, faz seu culto,
E segue passo a passo na rotina
Que as necessidades nos impõem,
E segue, vai além, lá na colina
E bate, e luta, e sua, e vira o chão,
E planta, e molha, e cuida e só termina
No arrefecer do dia no sertão.