Estro de amor

Estro de amor

O estro de amor, que era só ventura

Albergue de amizade e de ternura,

Desfez-se igual a nuvem de fumaça

Deixando em si, um rastro de desgraça.

Naquele tempo minh’alma inebriada

Ao prazer e doçura era arrastada,

Dando ensejo e graça aquele cotejo

Sem vislumbrar razão de tal desejo.

- Com que amargura, hoje te enxergo

Quando pela idade a cerviz envergo.

- Passou o tempo d’aquela intimidade.

Sorte cruel !... onde na mágoa triste,

Curto meu fado, fingindo que não existe

No ninho de amor, deslealdade !

São Paulo 18/01/2017 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

Visite meus blogs:

http://brisadapoesia.blogspot.com

http://criancaspoesias.blogspot.com

http://preludiodesonetos.blogspot.com

Direitos autorais registrados

Mantenha a autoria do poema