SOPROS
Escapam deste peito sentimentos
Por n vias em forma de versos,
-Os mais inusitados universos-
Libertos voam ao sabor dos ventos.
São sopros de sentidos tão diversos
Da alma e coração, dos pensamentos,
Paridos sem a dor de outros rebentos,
Mas com mesmo prazer, ora dispersos.
Iguais a passarinhos saem voando,
Nalgum lugar haverão de pousar,
Mas não se sabe aonde e nem quando.
E fica a sensação de bem estar
De a nossa doação ir se lançando,
Fazendo bem a alguém noutro lugar.
* Grato, belíssima interação:
CRIA DO VERSO
Soprando versos, empinando a rima,
Segue o poeta a sua ilusão,
Às vezes é preciso uma demão,
Para satisfazer a autoestima.
Mas o poeta nunca desanima,
Papel na mesa e um lápis a mão.
Aí basta juntar a emoção,
Que o verso sobe pra linha de cima.
Soprando versos formam-se procelas,
Em uma tempestade das mais belas,
Onde se ver nascer a fantasia.
O verso, a rima é cria do poeta,
Na ventania desta sua meta,
Cria e recria a sua poesia.
(fcunha lima)