Ao Poeta, de uma ninguém
Eu leio todos os versos dele e as suas linhas,
- são como pequenas lindas plumas que voam -
são como as uvas mais doces das puras vinhas,
que se degusta, sem saber que atordoam.
Tomei as letras dele como se fossem minhas,
- como se ele tivesse escrito tudo para mim -
senti cada carícia das suas entrelinhas
e me iludi com o meu próprio sonho sem fim;
Vivi o amor que ele sentiu por outra em sua rota,
senti cada abraço que ele ofertou a sua amada,
e levei-o para a minha cama simples, pobre e rota;
Por ele, versei todos meus tolos poemas e fui além,
sem nem atinar que para ele eu não sou nada:
nem letra, nem verso, nem palavra... sou ninguém.
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