Solidão do passado

Com que inda enterres a Ilusão do anelo!

Que eu nunca queira ansiar nos meus palores...

És um coveiro que também me adores,

Vais enterrá-la?! Em riso mais singelo...

Tuas prosódias cruéis sem uns amores

E sentimentos entre o horror mais belo,

Quando hás de consolar a morte a vê-lo;

Ó meu velho coveiro, nunca chores!

Destruo a felicidade em quem tu queres,

Fi-la violentamente aos teus deveres,

Tens um enterro imortalizador.

Com males onerosos aos meus cantos

Para cantar as carnes nos encantos,

Vivo nas trevas... Que é o negror e a dor!...

Lucas Munhoz - 12/01/2017

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 12/01/2017
Código do texto: T5880178
Classificação de conteúdo: seguro