AMAR. COISA SEVERINA...
Não é dor que se cure com aspirina,
Nem um treco que se deixe atrás de porta,
Ou preocupante quanto não se ter uma rima,
Mas que no íntimo nada nos conforta.
Não se resolve como se varre de mentira,
Onde o destino da poeira é debaixo do tapete,
Ou como o caboclo que do sertão se retira,
Esperando da vida não levar mais um cacete.
Parece resenha daquelas obras fictícias,
Pesadelo de quem não sabe dormir em rede,
E faz suar qual pimenta presa na comporta.
Que Deus te livre dessa vida Severina,
E não te corroa feito da sapê a parede,
Onde a vara no barro teima, mas se entorta.