LEMBRANÇAS DE PASSAR O ANEL
Talvez fizesse eu mesmo poema
Passando nos anéis de mãos em mãos...
Naquelas noites doces e serenas
Eu machucava ali meu coração...
Soltavas o anel, fingida e calma,
Olhavas nos meus olhos sem pudor...
E com o anel na mão, nas minhas palmas,
Enchias minha alma de amor...
Em nossa puberdade há tanta vida;
Há tanto vício em nossa juventude...
Um dia nós seremos velhos, idos;
Um dia lembraremos disso tudo.
Talvez ali encontremos recaída...
E de saudades nós ficamos mudos.