O SINO DA MEMÓRIA
Dim dom, dim dom, fez o sino da memória!
Nem bem acordei, com o dia a nascer...
Olhos no teto, tantas imagens, uma história
que podia ser de hoje e voltar a acontecer...
Era um domingo, tardinha, o sol se pondo,
o céu carregando nuvens, tufos de algodão,
o vento brincando na folhagem, expondo
tanto barulho, mais parecia uma canção...
Revi teu sorriso maroto que jamais esqueci
você jovem, de bicicleta, tão seguro de si
dando voltas e piruetas pra chamar-me a atenção!
E eu deslumbrada pelo parque passeava,
menina ainda, fechava os olhos e sonhava
que eras um príncipe a roubar-me o coração!