POESIA ESPADARTE

“Soneto-epigrama para José Manuel Sá”

Ser espadarte neste Sado ou no Mondego

Minha poesia tem que ser em estado puro

Pois que lá, em mar-alto, não há aconchego

E o combate terá que ser muito mais duro.

No mar-alto o combate é com os tubarões

Nos estuários é tão só com a poluição;

Em estado puro… só se houver mais condições

Mas, por aquilo que vejo, não há mesmo, não.

Pelo sim, pelo não, antes quero o mar-alto

Confiarei, convicto, nesta minha espada

Deixo a poluição, vou à luta em sobressalto,

Poesia-espadarte… antes isso do que nada.

Para haver Poesia ou para se poetar,

Na postura entre o “naif”e o convencional,

Tanto o poderá ser num rio como no mar

Pois Poesia, se o é, há-de ser natural …

Em «mar alto» é muito mais digno combater

Do que em abjecta poluição vir a perecer!

Frassino Machado

In ODIRONIAS

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 09/01/2017
Reeditado em 10/01/2017
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