Paranóia
Enxergo além que os olhos apresentam
Ver o mesmo que todos veem é pouco
Sou amigo do tempo! Relativismo louco
Quem não entende, os neurônios esquentam
Sou órfão pela metade! Filho dos dias curtos
Antecipo dores que ainda nem existem
Delírio! Amigos ocultos me assistem
Sopram minh'alma! Provocam curto-circuito
Assim, vejo o duplo sentido da existência
Colho e queimo os sentimentos confusos
Interdito o portal dos pesadelos intrusos
Ociosidade endurece a consciência
Fico debaixo da luz, plantando labuta
Reflito! A paranoia do cotidiano assusta