Paranóia

Enxergo além que os olhos apresentam

Ver o mesmo que todos veem é pouco

Sou amigo do tempo! Relativismo louco

Quem não entende, os neurônios esquentam

Sou órfão pela metade! Filho dos dias curtos

Antecipo dores que ainda nem existem

Delírio! Amigos ocultos me assistem

Sopram minh'alma! Provocam curto-circuito

Assim, vejo o duplo sentido da existência

Colho e queimo os sentimentos confusos

Interdito o portal dos pesadelos intrusos

Ociosidade endurece a consciência

Fico debaixo da luz, plantando labuta

Reflito! A paranoia do cotidiano assusta

Cláudio Francisco
Enviado por Cláudio Francisco em 09/01/2017
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