AMOR EM PALAVRAS 58
Dobram as rochas, para que, após séculos,
Resfriadas, façam areia muito fina,
Misteriosamente fina, partículas
Farináceas, flutuações submarinas
Solubilizadas até moléculas...
Labaredas sopram pelas narinas
Simétricas, criando o grande espetáculo
Do atemporal “big-bang” das mãos divinas,
Situado em todo conhecido espaço...
Lá além dos infinitos das esquinas,
Sol e rastro criam equilíbrio a passo...
Fácil resultado, ao saber da sina,
Migalha própria, réplica ao compasso
Do amor deste soneto e de suas rimas.