Canção noturna

Todas as noutes fúnebres do luar,

O hostil e antigo túmulo que é prisco

Aos olhos maus para alardear o risco,

Que ele sempre começa a horrorizar.

Somente a última noute que há de ansiar

Sem parar, pois me encanta que eu arrisco...

Eis o corvo a almoçar o último visco,

Dá-me o amor sem perdê-lo no puro ar.

Tu, uma noute táctil... Que te tornas

Tenebrosa, nos céus das auras mornas,

Até uma maldição que é ébria, ímpia e tosca!

Destruir o sentimento nos meus gládios

Sempre será imortal aos maus estádios

Das mortes quanto o breu fútil da mosca...

Lucas Munhoz - 08/01/2017

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 08/01/2017
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