epitáfio

quando, um dia, enfim, as asas

eu bater rumo a outro astro

e aliviar-me desse claustro

como um filho que sai de casa...

e encontrar-me em outra atmosfera

no mundo real dos vultos

- o que antes era oculto

agora torna-se vera!

e esquecer o mundo áspide

das intrigas, das mumunhas

onde se mata-come à unha!

só quero na minha lápide

a síntese desta vida

tão horrível quão pervertida.

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 08/01/2017
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