Soneto 23: Sem Noção
Meu interior anda desarrumado
Minha casa está de pernas para o ar
Minha vida vê-se em tal desalinho
Meu canto de pensar? Tá tão empoeirado...
Você me descontrói e logo me refaz
Me tira dos caminhos e do compasso
Não sei aonde ando nem o que faço
Você é minha perdição. Vê o que faz?
As minhas caixas estão fora do lugar
Minhas regras nem consigo observar
Faço tudo e me sinto sem noção
Preciso me recompor. Quero respirar!
Tudo em ordem agora vou recolocar
Há tempos que não faço uso da razão