AMARGA MÁGOA
AMARGA MÁGOA
Amarga mágoa infesta!
Exala o seu néctar agonizante,
E por sua “doçura” asfixiante,
Destroça organismos que detesta.
Derrama a sua forma impiedosa
Que leva o aflito ao desalento,
Amargo hà de ser o nascimento
Da sua desventura venenosa.
Ah! Mágoa que açoita o meu seio,
Cresce no fundo por que do fundo veio,
O seu eterno desgosto que enluta!
Cresce enfim tenebrosa mágoa,
Solidifica agora sua água,
E crava naquele que não à sepulta.