A UM SIMPLÓRIO

A UM SIMPLÓRIO

(Um velho amigo)

Sangra! E quando o faz, ora.

Oprimido com o eu entrelaçado e oculto

Trajando as traças do seu luto

Ao senhor, implora!

Pois, és em suma, rancor.

Um que vaga por entre os destroços

E caminha no pó escuro dos ossos

Inexpressivo em seu ardor.

Ao desalento foi reduzido

Por ser um infeliz inteiramente reprimido

Na dimensão tenebrosa de um ideal.

Sangra a sua fraca expressão

Quando vem aos olhos a decepção

Por ainda existir como um mero mortal.

felipe freitas
Enviado por felipe freitas em 31/07/2007
Código do texto: T587527