ADORAÇÃO

ADORAÇÃO

Para a roda do tempo de correr

Quando na nave os ecos do Bendito,

Ressoam em meu espírito contrito

E tudo ao meu redor deixa d’haver.

Algum tempo haverá-de nos conter

A Eternidade? O espaço cabe o Infinito?

O caos de minha vida estava escrito

Desde antes do Universo acontecer.

A consciência se torne o quase nada

Onde existe meu Ser; onde Deus mora.

Transcende espaço-tempo, ilimitada,

E evade de mim sem lugar nem hora.

Mas alcançará, muito embora errada,

Àquele que, em silêncio e só, adora.

Betim – 02 04 1999