Soneto d’amor fiel:
Como pudera amada, amada minha, tu sê-la?
Sem nunca, amada minha, tu ter-me sido
Tampouco, a entrega, tu me prometera
E tão breve, este amor, fora enaltecido.
Em tal brevidade, arrastam-se ledos anos
E rangem, ao caminharmos, severas correntes.
Quem nos vir, tomado não será, n’algum engano
D'amor, refletido em nossos olhos displicentes.
Como pudera amada, ao beijo, não te teres rendido?
Se me confessas, que te inflamam mil desejos
Que em vão tentara, mas que não fora banido...
Do peito, amor que arde, tal qual lampejos
Se nossos castos corpos, num único gemido
Traria simples ventura; a que tanto almejo.
Léa Ferro.
03/01/2017
Como pudera amada, amada minha, tu sê-la?
Sem nunca, amada minha, tu ter-me sido
Tampouco, a entrega, tu me prometera
E tão breve, este amor, fora enaltecido.
Em tal brevidade, arrastam-se ledos anos
E rangem, ao caminharmos, severas correntes.
Quem nos vir, tomado não será, n’algum engano
D'amor, refletido em nossos olhos displicentes.
Como pudera amada, ao beijo, não te teres rendido?
Se me confessas, que te inflamam mil desejos
Que em vão tentara, mas que não fora banido...
Do peito, amor que arde, tal qual lampejos
Se nossos castos corpos, num único gemido
Traria simples ventura; a que tanto almejo.
Léa Ferro.
03/01/2017