Ex poeta e covarde.

Lembro-me do poeta que fui !

Das pessoas que consegui criar.

Agora do auto da minha inexistência,

Vejo que cometi alguns abusos...

Mas acredite eu só me arrependo,

Do que não consegui idealizar.

Ah! aqueles olhares e sorrisos.

Traziam-me um plexo de sensações.

Tudo incontroverso e interminável,

Inundavam meu coração de razões!

Hoje a poesia já não me reconhece!

E quem me ver de mim já esquece,

Nada me aceita nem mesmo a realidade.

Jas em mim um ex poeta e covarde.

NUNES, Elisérgio.

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 27/12/2016
Reeditado em 28/12/2016
Código do texto: T5864831
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