AMOR AUSENTE
O frio tristonho, a tarde adormece
Sopra um vento que vem do mar
Não me afeta a falta de um amor
A ausência de desejos, me envelhece,
Olho desconsertado para o futuro
Este novo tempo já não me apetece
A tarde não me espera, o dia morre
Novos sonhos, teceria, se pudesse
A fronteira do sentir é o meu limite
Mas sentir sem ilusão é não ter asas
Um voo no vazio que nunca acontece
O amor é cinzas de um fogo apagado
Ainda quentes, mas já sem chamas
Que o sopro do tempo desaquece!