Meus sonetos

Meus sonetos,ah , meus sonetos

voam como voa uma rola mansa

e te procuram num buscar discreto;

riscam riscos à guizo de esperança.

Meus sonetos, ah, meus sonetos

a triste rima de chorar não cansa,

nos decassílabos busco meus tercetos

e na saudade busco uma esquivança.

De todo amor que jaz sacrificado,

o tributo que fiz do meu tormento

perpetua condenada minha poesia.

Se minha pena desmerece sem cuidado

a ti eu quis te dar todo meu tento

e ao mundo quis provar quanto podia.

Chaplin
Enviado por Chaplin em 30/07/2007
Reeditado em 23/10/2007
Código do texto: T586099