NOTURNO II

Assim como no céu surge a lua,

A tudo envolver com luz tão bela,

Assim foi que surgiu na minha rua

A mais formosa e doce donzela...

Mas ao alvorecer, tal qual a lua,

Ela também se foi e, por sequela,

Deixou-me este vazio que acentua

A saudade que ainda sinto dela...

E a lua, ao voltar com esplendor,

Como se percebesse a minha dor,

Sai a buscar por ela sempre em vão...

E, vagando ao léu como que tonta,

Derrama lá do céu de ponta a ponta,

Suas lágrimas de orvalho pelo chão...

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 22/12/2016
Reeditado em 22/12/2016
Código do texto: T5860372
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