FOME E BANQUETE NATALINOS

Indigente menino,

Esperança falida.

Tão frágil, pequenino,

É gente malferida

Pelo poder herege,

Daqueles que têm posse,

Que ao pobre não protege,

Nem lhe escutando a tosse!

Na barriga, gastura!

Pulsa a fome canina

Que as pessoas malsina!

Ao lado, só fartura!...

São banquetes de nobres:

Fartos, pois não são pobres!

Salvador, 2006.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 20/12/2016
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