FOME E BANQUETE NATALINOS
Indigente menino,
Esperança falida.
Tão frágil, pequenino,
É gente malferida
Pelo poder herege,
Daqueles que têm posse,
Que ao pobre não protege,
Nem lhe escutando a tosse!
Na barriga, gastura!
Pulsa a fome canina
Que as pessoas malsina!
Ao lado, só fartura!...
São banquetes de nobres:
Fartos, pois não são pobres!
Salvador, 2006.