O NATAL CASTIGANTE
Há tudo e sobra dor
No meu Brasil tropical,
Que curte, angelical,
Um Natal sem amor!
Há criança com fome,
Político safado,
Povo triste e abafado...
– Doer que não tem nome!
Pobre fica ao relento,
Toma chuva com vento
E sol fora do abrigo.
Há terrível desgraça!
Os mandantes da praça
Nos legam tal castigo!
Salvador, 2006.