RUA DA BAHIA

RUA DA BAHIA

De coração partido e olhar perdido,

Os solitários homens pós-modernos

Se vão ensimesmados com seus ternos

Rua acima conquanto sem sentido.

Sabem o que podia a vida ter sido

Mirando aqueles olhos verdes ternos...

Porém, nem infinitos nem eternos

Seus amores correm para o Olvido.

Pois se tempo é dinheiro bem contado,

Não deve se quedar desalinhado,

Enquanto vão seguindo rumo ao topo.

Só hão-de reparar no próprio nada

Na saideira, já alta madrugada,

Pouco antes de virar o último copo.

Belo Horizonte - 08 09 2004