Soneto vadio

Tem pegadas; em mim um automático,

Enfático a pular todos meus muros,

No obscuro me invade pouco didático,

Lunático; malandro sem perjuros.

Impuro; num roubar minha atenção,

Pretensão; com as garras da esperteza,

Com sutileza e sem nenhum arranhão.

É ladrão dos meus eus sobre a mesa.

É destreza, sete vidas me arranca,

Espanca-me o ouvido; mia e ronrona,

Carona pega na minha poltrona.

Detona-me; é de figura franca,

Destranca-me soneto em arrepio,

Cio de poesia de jeito vadio.

#Ordonismo

Uberlândia MG

http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 18/12/2016
Código do texto: T5857074
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