MINHA COVA - Poesia nº 18 do meu quarto livro "ECLIPSE"

Eu tava morto? Não se acreditaram!

Eram vivos fantasmas meus dizeres

Que surgiam dos livros, que em prazeres

Os editei, (e assim) me folhearam!

E de nada me importa ter a fama

Que em orgulhos vãos, se cospem de autores;

Pois para nós são uns falsos atores,

Porque a fama vem pronta a quem lhe chama!

Inveja?... Nunca tenho!... E me conheço!

O gosto se discute, amigo meu...?

O palhaço se esconde no adereço...!

Pra teu gosto, quem fica já morreu...

Lido e falado? Nesta cova, o apreço

Ao morto escritor, que aliás, sou eu!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 17/12/2016
Reeditado em 17/12/2016
Código do texto: T5856285
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