A TARA DE INÊS

Não sabes, Inês, que nos teu olhos há

Um contemplar de flores matinais.

Há nos teus olhos pérolas, cristais.

E a doce inocência no olhar...

Fitando os teus olhos fui contigo

Nos camarins do amor, fui me deitar,

Aos toques dos teu beijos no abrigo

Em um aveludo colo descansar.

E ao raiar do dia nos teus braços...

Inês, Inês, não posso relembrar

Que estando aos beijos teus frágil, exausto...

Ainda me querias me beijar.

Não sei dizer de Inês, digo o que acho:

Inês talvez tu queiras me matar.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 17/12/2016
Código do texto: T5855657
Classificação de conteúdo: seguro