A TARA DE INÊS
Não sabes, Inês, que nos teu olhos há
Um contemplar de flores matinais.
Há nos teus olhos pérolas, cristais.
E a doce inocência no olhar...
Fitando os teus olhos fui contigo
Nos camarins do amor, fui me deitar,
Aos toques dos teu beijos no abrigo
Em um aveludo colo descansar.
E ao raiar do dia nos teus braços...
Inês, Inês, não posso relembrar
Que estando aos beijos teus frágil, exausto...
Ainda me querias me beijar.
Não sei dizer de Inês, digo o que acho:
Inês talvez tu queiras me matar.