PRISÃO
Me deem asas e serei borboleta
Me deem voz e serei canção.
Mas não me ponham amarras, por favor!
Não queiram prender-me em nome de sedução...
Quero ser livre como o risco da caneta
na página em branco do poeta fingidor.
Ser vento, sol, ser estrela, folha morta,
tudo que puder ser, então serei...
Mas sem amarras, por favor! É o que importa.
Quero ser pétala de flor, perfumada e fria
e até o canto da cigarra em agonia...
Um dia quase me tornei rainha e fracassei.
Nada fui, sequer vassala... havia lá uma prisão.
Quiseram podar-me a alma e apagar o coração!
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Me dei conta que este é o meu texto de nº 700!
E fiquei feliz em poder ainda estar aqui entre tanta gente amiga e carinhosa para com meus escritos. Uma bênção!