NOTURNO I

Oh, lua, testemunha fulgurante

Dos beijos doces que ela me deu,

E do amor eterno que este amante

A ela, tantas vezes, prometeu!

Oh, lua, que passeia delirante

Nesse céu; será que não percebeu,

Que amor eterno não foi o bastante

Para evitar o que me aconteceu?

Depois de tudo, veio o abandono

Que, hoje, tem roubado o meu sono,

Me fazendo sofrer como ninguém.

E eis-me aqui, em frente a esta janela...

Oh, lua! Não vê que espero por ela?

Ao menos, me responda se ela vem!

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 14/12/2016
Reeditado em 22/12/2016
Código do texto: T5853058
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