NOTURNO I
Oh, lua, testemunha fulgurante
Dos beijos doces que ela me deu,
E do amor eterno que este amante
A ela, tantas vezes, prometeu!
Oh, lua, que passeia delirante
Nesse céu; será que não percebeu,
Que amor eterno não foi o bastante
Para evitar o que me aconteceu?
Depois de tudo, veio o abandono
Que, hoje, tem roubado o meu sono,
Me fazendo sofrer como ninguém.
E eis-me aqui, em frente a esta janela...
Oh, lua! Não vê que espero por ela?
Ao menos, me responda se ela vem!