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(Imagem do Google)


CAIS DO PORTO
Odir Milanez
 
 
Pelo porto procuro o meu passado,
pra saber onde fui. Estou vazio.
Sou vulto de além-mar, sou arredio
desde o dia do amor ao mar levado...
 
Lisboa, Guimarães, cantos de fado.
O meu fado, no porto, ao tempo frio.
O vento inventa vago balbucio,
  dá-me na boca um beijo mareado.
 
Noturno porto, espírito da espera.
Por onde a nau, que foi de fogo morto,
pois manobrar a volta não quisera?
 
Quem sabe, em noite assim, como um aborto,
uma nave de sonho, uma galera,
aporte a minha amada ao cais do porto?
 
 
JPessoa/PB
11.12.2016
oklima
 
 
Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e o versa em versos de amor...

Para ouvir a música, acesse:

http://www.oklima.net
 
oklima
Enviado por oklima em 11/12/2016
Reeditado em 13/12/2016
Código do texto: T5850176
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