Despedida da Vida

O alma em jejum, não escreve

a saudade queima , mata

o coração não resiste ,não se define

entre um soneto e uma sonata.

Veste o papel de palhaço

faz-se campos de espantalhos

agarra o sol com o último laço

bem longe das raízes, dos atalhos.

O solo dos solos choram ,sangram

dos versos que se despedem

agonizam na despedida da vida.

O poeta sem mais saída

ultrapassa as luzem que acendem

libertando a derradeira poesia ainda viva.

30/07/07

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 30/07/2007
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