METRÓPOLE CONVULSA

Nas calçadas de uma selva fervilhante

De multidões sufocadas pela inquietude,

Descortina-se a indiferença aprisionante

Da empatia, da sensibilidade e da plenitude.

Um mendigo caminha solitário

E poucos são os que notam o seu triste perambular...

Quão desumano há nesse descaso involuntário

Que cresce diariamente e sem cessar!?

Carros e transeuntes correm enlouquecidamente

Sem que haja qualquer resquício de serenidade

Nos semblantes envoltos por uma aura displicente.

Os ruídos ecoam pelos céus turvos da cidade,

Enquanto a violência de maneira veemente

Mostra a face mais deformada da iniquidade.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 10/12/2016
Reeditado em 10/04/2020
Código do texto: T5849605
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