METRÓPOLE CONVULSA
Nas calçadas de uma selva fervilhante
De multidões sufocadas pela inquietude,
Descortina-se a indiferença aprisionante
Da empatia, da sensibilidade e da plenitude.
Um mendigo caminha solitário
E poucos são os que notam o seu triste perambular...
Quão desumano há nesse descaso involuntário
Que cresce diariamente e sem cessar!?
Carros e transeuntes correm enlouquecidamente
Sem que haja qualquer resquício de serenidade
Nos semblantes envoltos por uma aura displicente.
Os ruídos ecoam pelos céus turvos da cidade,
Enquanto a violência de maneira veemente
Mostra a face mais deformada da iniquidade.