Imagin(a)ção
Que eu me avesse do cabeçalho ao rodapé,
Com ré sustenido de voz num tom vermelho,
Espelho de mim; reflexo em alta maré,
Um pontapé a me externar; um quase estrambelho.
Aconselho então a ler-me com todo cuidado,
Bocado do dentro híspido no papel,
Feito carrossel de coração desnudado,
Destravado profundo à tona num tropel.
Tem céu, tem inferno, tem meus eus em abuso,
Nada em desuso, pois tem tanta coisa sua,
Falcatrua-me o senso p’ro mundo da lua.
Usufrua cada verbo; é anseio concluso,
Nada confuso, das vísceras a fiúza,
Traduza; na imagin(a)ção a gente se cruza.
#Ordonismo
Uberlândia MG
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