TEMPO
O tempo é ainda uma crisálida
e quando rompe o que há latente,
torna o ovo diminuto em serpente,
de repente a noite fria está cálida.
E muitas das verdades doravante,
mais tarde, serão terríveis mentiras.
A mesma boca que sempre omitira
revelará segredos relevantes.
Embora traga também gozo pleno,
o devir expõe sua consequência:
como escapar dessa vã iminência?
Então, tudo na vida é temporal,
vai do pranto aflito ao colo sereno.
Pois o novo será velho, o bom mau?
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