Triste realidade
Quanta gente morrendo de fome!
Quanta gente faminta no mundo!
Nada tem, nada bebe, nem come,
No seu prato sem borda e sem fundo.
Tanto Ser sem guarida, sem nome;
Miserável, infeliz, moribundo!
Quanto verme no extremo abdome;
Quanto lixo no chão nauseabundo...
Quanta gente, meu Deus, quanta gente,
Que não tem uma simples bolacha,
Pra matar sua fome inclemente.
Criancinhas andando descalças,
De mãos dadas com a morte iminente,
Abraçadas com a própria desgraça!